A produção de café no Brasil, o famoso “ouro verde” que há séculos movimenta a economia nacional, deve alcançar em 2025 um volume de 55,7 milhões de sacas, segundo o 2º Levantamento da Safra de Café divulgado nesta terça-feira (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso representa um crescimento de 2,7% em relação à safra anterior e, se confirmado, será o maior resultado já registrado para um ano de baixa bienalidade — superando em 1,1% a colheita de 2023.
O avanço também aparece na área cultivada, com crescimento estimado em 0,8%, chegando a 2,25 milhões de hectares. Esses números mostram que o café mantém sua relevância não apenas como produto de exportação e geração de renda, mas também como símbolo da força e da resiliência do agronegócio brasileiro.
No cenário internacional, o Brasil continua como líder absoluto na produção e exportação de café, responsável por fornecer cerca de um terço do consumo global. Esse desempenho sustenta milhares de produtores, emprega milhões de pessoas direta e indiretamente e movimenta cadeias produtivas que vão do campo à cafeteria.
No entanto, é preciso lembrar que o setor enfrenta desafios: mudanças climáticas, volatilidade de preços e pressão por sustentabilidade exigem estratégias modernas, investimentos em tecnologia e políticas públicas eficazes. A força do “ouro verde” brasileiro precisa ser acompanhada por inovação, agregação de valor e responsabilidade ambiental para garantir que a história de sucesso continue não apenas em volume, mas também em qualidade e reconhecimento mundial.