A recente pesquisa de opinião sobre a percepção pública sobre mudanças climáticas, divulgada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), revela que 95,4% da população brasileira reconhece que as mudanças estão ocorrendo. Apenas 3,5% afirmam não ter consciência desse fenômeno, enquanto 1% não soube ou preferiu não responder. Esses números demonstram uma conscientização quase unânime entre os brasileiros sobre as mudanças climáticas.
Contudo, essa consciência não se traduz em uma concordância absoluta sobre as causas do fenômeno. Para 78,2% dos entrevistados, as mudanças climáticas são resultado da ação humana, uma conclusão que está em linha com inúmeros estudos científicos. Entretanto, 19,6% acreditam que essas mudanças são naturais e ocorrem independentemente da intervenção humana.
Essa divergência de opiniões destaca um desafio significativo para a educação ambiental e a comunicação científica no Brasil. Apesar de a maioria reconhecer a influência humana nas mudanças climáticas, quase um quinto da população ainda atribui essas mudanças a fatores naturais.
A percepção pública sobre as mudanças climáticas é crucial para a implementação de políticas ambientais eficazes. Ações governamentais e individuais dependem de uma compreensão clara dos riscos e das soluções possíveis. Portanto, é fundamental que tanto as autoridades quanto as organizações da sociedade civil invistam em campanhas de conscientização e em programas educacionais que abordem a ciência do clima de maneira ível e compreensível para todos.
A conscientização sobre as mudanças climáticas é um primeiro o essencial, mas deve ser acompanhada por um entendimento profundo das causas e das possíveis soluções. Somente assim será possível mobilizar a sociedade para ações concretas que possam mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover um futuro sustentável para as próximas gerações.